Eduardo Leite flexibilizou leis que reduziram a proteção ambiental
Aqueles que rotulavam de caranguejos os que se posicionavam contra a devastação ambiental e chamavam de "eco chatos" os cientistas e apoiadores da causa, hoje clamam por solidariedade. São os que defendem projetos de construção civil elitista; que se associam ao agronegócio criminoso. Os que defendem estado mínimo, agora exigem estado máximo, depois que para o orçamento deste ano, apenas 50 mil reais foi destinado para a defesa civil.
O RS perdeu nos últimos anos 3, 5 milhões de hectares de cobertura vegetal nativa. A área equivale a 23 cidades de SP, desmatadas. O dado é do Mapbiomas. Não é coincidência que, ao mesmo tempo houve um grande aumento de lavouras de soja e de área urbanizada. Estudiosos da UFRGS afirmam que esta redução da vegetação nativa ajudou o agravamento do impacto das inundações. Tudo aconteceu com o aval do governo gaúcho, com o descaso das autoridades municipais, embaladas pelo negacionismo durante o governo de Bolsonaro. Eduardo Leite aprovou e flexibilizou leis que reduziram a proteção ambiental, inclusive permitindo o uso de áreas de preservação.
O adensamento populacional e a falta de cuidado leva muitos a morarem em área de risco. O que se vê, então, é muito doloroso. A água inundou áreas nunca antes alagadas. Mais: se o governo ajudou na construção da tragédia, também não se deu o trabalho de planejar para atender a população, que junto com os bens materias, perdeu tambem a dignidade. É desesperador saber que o poder público não fez o tema de casa. Não fez a manutenção de sistemas de contenção de cheias, a limpeza de ruas e bueiros, não deu atenção a diques e nem a previsões meteorológicas.
Jorge
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