A tragédia nos mostra a importância das políticas públicas
Andei no centro da cidade, vi muitas pessoas na fila da Caixa Econômica Federal e em lojas em busca de utensílios. Fiquei duas semanas no bairro Guajuviras, ajudando na cozinha solidária que montamos e na entrega de quentinhas para as famílias que abrigaram parentes e amigos. Do lado alagado ruas começam a mostrar a lama e destroços deixados pelas enchentes que assolaram a cidade. O clima é de tristeza, desolação, de esperança e garra para se reerguer.
Nesses dias que passaram pude ver os esforços de voluntários e equipes de resgate trabalhando incansavelmente para ajudar as pessoas afetadas. Alguns comerciantes tentam limpar suas lojas e recuperar o que restou dos seus negócios, enquanto os moradores se unem para ajudar uns aos outros.
A solidariedade é visível em cada esquina, com doações sendo feitas e gestos de apoio sendo oferecidos a todos que precisavam. Mesmo diante da destruição, há esperança no ar de que juntos vamos nos reerguer e superar essa adversidade. É bom ver o estado forte, presente, as políticas públicas, programas como auxílio reconstrução, volta por cima as cestas distribuídas pela Conab, o programa Minha Casa, Minha Vida vão amenizar as perdas.
Enquanto observo a cidade se reerguendo, percebo o quão resilientes somos diante das adversidades e o quanto a união e a solidariedade podem fazer a diferença em momentos de crise. A tragédia das enchentes nos mostra a importância das políticas públicas, de um estado forte em contraponto ao discurso do estado mínimo, de estarmos unidos e de cuidarmos uns dos outros, mesmo nos momentos mais difíceis.